
O secretário especial da Cultura, Henrique Medeiros Pires, recebeu nesta segunda-feira (8) representantes dos poderes Executivo e Legislativo de Pelotas (RS), além de profissionais da iniciativa privada. A tradição doceira do município esteve no centro da pauta da reunião, realizada em Brasília.
Na ocasião, Pires ressaltou a relevância da Feira Nacional do Doce (Fenadoce), evento anual de promoção da cultura gastronômica de Pelotas. Para o secretário, eventos como a Fenadoce “alavancam a cultura local, atraem público, aquecem o setor hoteleiro e movimentam a economia”. Prevista para ocorrer entre os dias 5 e 23 de junho, a 27ª edição da feira irá reforçar a divulgação da cidade de Pelotas como Patrimônio Cultural Brasileiro.
Estiveram presentes no encontro o vice-prefeito de Pelotas, Idemar Barz, o presidente da Câmara Municipal de Pelotas, Fabrício Tavares, e os representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas de Pelotas Adriane Silveira, Eliane Sedrez e Ariel Gustavo Ferreira João.
Patrimônio Cultural
Em 2018, as Tradições Doceiras de Pelotas e Antiga Pelotas (Turuçu, Morro Redondo, Arroio do Padre e Capão do Leão) e o Conjunto Histórico de Pelotas foram reconhecidos como patrimônio cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), entidade vinculada ao Ministério da Cidadania.
O Conjunto Histórico de Pelotas foi inscrito em três Livros do Tombo: o Histórico, o de Belas Artes e o Arqueológico, etnográfico e paisagístico. Já o modo de fazer os doces na região foi registrado no Livro dos Saberes. Mais do que simples quitutes, eles representam um importante contexto histórico e cultural que elevam seu significado para além da função de alimento.
Tradições Doceiras
Pelotas encontra-se no epicentro de uma região doceira que abarca uma multiplicidade de saberes e identidades sob a forma de duas tradições: a de doces finos e a de doces coloniais. O doce desempenha um papel peculiar na composição da sociedade regional, sendo um elemento cultural que amarra a diversidade de grupos étnicos e sociais que a compõe.
Na sua maioria, essas doceiras e doceiros compreendem seu ofício como a continuidade das trajetórias de suas famílias. Essa relação existe, sobretudo, no meio rural, entre os produtores de doces de frutas. Esses profissionais se encontram profundamente ligados à região colonial como um espaço de vivências, trabalho e afetos. O registro contempla o espaço de ocorrência das duas tradições doceiras e os sentidos que a elas são atribuídos – e se justifica tendo em vista seu valor identitário e a relação demonstrada entre o saber doceiro e o território local.
Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial da Cultura
Ministério da Cidadania